Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Polícia Federal (PF) encontrou notas falsas e notas em série entre os R$ 10,2 milhões apreendidos com o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) deputado federal João Batista Ramos da Silva (sem partido-SP). Do valor total, pelo menos R$ 2 mil em notas de cem tinham números em seqüência. A Polícia vai, agora, tentar fazer o rastreamento das notas para investigar a legalidade do dinheiro, encontrado na última segunda-feira em sete malas em um hangar (galpão para aviões) particular na capital do país.
O dinheiro foi recontado ontem (15) porque a Igreja Universal do Reino de Deus, presidida pelo deputado, entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para reaver o dinheiro. Os advogados da igreja alegavam que, ao ficar parado no Banco Central, o dinheiro não estava rendendo. A ministra do STF em exercício, Hellen Gracie, entendeu que não cabia ao Supremo julgar a decisão. O delegado responsável pelas investigações, David Sérvulo Campos, determinou, então, a abertura de uma conta na Caixa Econômica Federal em nome da Igreja Universal do Reino de Deus. A conta, no entanto, está bloqueada até que a justiça decida sobre a responsabilidade do dinheiro.
A Igreja Universal do Reino de Deus entrou, também, com pedido na 10ª Vara de Justiça para reaver o dinheiro. O juiz da Vara aguarda a resposta do delegado da PF David Sérvulo quanto a liberação, ou não, dos R$ 10,2 milhões.