Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo brasileiro continua fazendo campanha pela candidatura do economista João Sayad à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo comunicado do Ministério do Planejamento, "Sayad foi escolhido pelo governo brasileiro para concorrer à vaga por suas qualificações profissionais, perfil acadêmico e experiência reconhecida no setor público e privado".

Sayad é vice-presidente de Finanças e Administração do banco desde setembro do ano passado. A eleição para a presidência do BID vai acontecer durante a Assembléia Extraordinária da instituição no próximo dia 27, em Washington (EUA).

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, por ser o governador do Brasil no órgão, participará do pleito e da reunião programada para a mesma data. O presidente eleito para o BID assumirá o mandato em setembro, por um período de cinco anos, em substituição ao uruguaio Enrique Iglesias, que anunciou sua saída em junho último, depois de ocupar o cargo durante 17 anos.

O secretário de Assuntos Internacionais do ministério José Carlos Miranda está no Chile fazendo contatos para a candidatura de Sayad. Ele já viajou para Canadá, Caribe e México e estão ainda previstas visitas ao Uruguai, Paraguai, Argentina, Bolívia e Equador.

O secretário-adjunto da Secretaria de Assuntos Internacionais do ministério, Alexandre Meira da Rosa, diz, no entanto, que o cargo atual de João Sayad no banco não é pré-requisito para disputar a presidência. "Foi um ponto a mais no currículo dele que contou para a escolha", diz.

Para o secretário-adjunto, a vitória de João Sayad "é fundamental para o Brasil e demais países da América Latina pela importância do BID como maior financiador da região". "É uma candidatura muito forte", completa.