Pena alternativa é possibilidade de reintegração e inclusão social do condenado, diz juiz

10/07/2005 - 8h38

Priscila Rangel
Da Agência Brasil

Brasília – O mecânico Leonardo, de 46 anos, foi preso em flagrante por tentativa de furto de um toca-fitas, em Fortaleza. Ele foi condenado, pela Vara de Penas Alternativas, a passar um ano e seis meses prestando serviços à comunidade, além de ter a obrigação de freqüentar a escola nos finais de semana. Durante a semana, Leonardo, que já cumpriu seis meses da pena, trabalha normalmente em uma oficina, como mecânico.

Leonardo cumpre a pena alternativa aos finais de semana, ajudando na limpeza de um asilo de idosos e se dedicando aos estudos. "Eu nem pensava mais em estudar. Mas quando cheguei à escola, fui muito bem tratado pelos professores, recebi merenda, material escolar, vale-transporte e passei a sentir prazer em estudar", diz ele. "Agora eu tenho mais expectativas em minha vida."

Segundo o Juiz da Vara de Penas Alternativas de Fortaleza, Aroldo Máximo, as vantagens das penas alternativas são muitas, como a possibilidade de reparação dos danos, a diminuição dos gastos e a separação das pessoas que cometem crimes de pequeno potencial ofensivo daquelas que foram condenadas por crimes considerados graves. Aroldo Máximo ressaltou ainda que esse tipo de pena não rompe o vínculo com a família e com a sociedade, e "por isso aumenta a possibilidade de reintegração e inclusão social do condenado".