Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A luta interna nas Forças Armadas pela correção da defasagem salarial encaminha-se para um ponto final, depois que o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, formalizou a proposta de 23% de reajuste dos salários em duas vezes: 13% ainda este mês, e o restante em janeiro de 2006. A informação é do comandante da Marinha, almirante Roberto Carvalho.

Segundo ele, para se chegar à proposta foram necessárias várias reuniões, na quinta e sexta-feira da semana passada, entre o vice-presidente e os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, do Planejamento, Paulo Bernardo, e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Na sexta-feira à noite, os comandantes das Forças Armadas anunciaram a seus comandados que a recomposição salarial proposta será igual para todos os postos e graduações, além de garantir o mesmo tratamento (paridade) para os militares em atividade, reserva e pensionistas.

A proposta, costurada com apoio dos comandantes militares, será levada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira da semana que vem (18) para que ele a aprove, a exemplo do referendo presidencial favorável à reestruturação da Carreira de Tecnologia Militar e de enquadramento funcional dos servidores civis das Forças Armadas.