Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A recuperação e a ampliação da infra-estrutura de transportes é um dos principais desafios do governo federal. A afirmação foi feita pelo ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, ao participar da abertura do 1º Encontro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, que está se realizando no Ministério dos Transportes até amanhã.
Segundo o ministro, a pasta tem aprovado para este ano um orçamento de R$ 6,5 bilhões. Deste total, o Ministério dos Transportes tem autorização para gastar R$ 4,2 bilhões. "São R$ 3,8 bilhões para investimentos e já estão liberados", comemorou. Os recursos aprovados pelo Congresso Nacional se destinam a obras estratégicas como a duplicação da BR-101 Sul e Nordeste, a conclusão da duplicação da Régis Bittencourt e Fernão Dias; a pavimentação da BR-163 e o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro.
Nascimento destacou que em breve serão publicados os editais da nova rodada do programa de concessão de rodovias. "Serão oferecidos sete lotes, envolvendo 3.059 quilômetros de estradas, cujas obras devem ter início ainda este ano", adiantou.
Segundo ele, o Ministério dos Transportes não recebeu a atenção devida nos últimos anos, no que diz respeito aos recursos para obras de infra-estrutura no país. Segundo o ministro, o último grande investimento em restauração de rodovias foi feito ainda no governo Sarney, quando foram recuperados 5 mil quilômetros de rodovias.
"No ano passado nos foi possível recuperar mais de 5 mil quilômetros de rodovias e para esse ano, com os recursos que já estão liberados e que nós já estamos utilizando, a nossa expectativa é de que nós tenhamos recuperado aproximadamente 14 mil quilômetros de rodovias federais".
A estratégia do Ministério dos Transportes, segundo Nascimento, é privilegiar os principais corredores, os de maior fluxo de veículo e os de maior escoamento de produção no recebimento de verbas para investimentos.
Nascimento citou estudos do Banco Mundial segundo os quais os investimentos para recuperação da malha rodoviária brasileira devem chegar a R$ 6 bilhões por ano, ao longo de quatro anos. "Esses recursos estão assegurados. Pelo menos para os próximos dois anos", disse, acrescentando que a pasta já tem investimentos para esse ano que somam mais de R$ 6 bilhões e que para 2006 e 2007 esses recursos também estão assegurados.
