Karina Cardoso
Da Agência Brasil

Brasília - Depois de 20 anos de reivindicações, os servidores da seguridade social receberão o reajuste de 47,11% do passivo trabalhista pelo Plano de Cargos e Salários (PCCS). O passivo beneficiará mais de 220 mil servidores, e tem um impacto da ordem de R$ 1,7 bilhão. A decisão foi anunciada após reunião de negociação entre os servidores e dirigentes do Ministério do Planejamento.

O secretário de Recursos Humanos do ministério, Sérgio Mendonça, explicou que o reajuste será pago por meio de duas parcelas anuais (março e dezembro) durante seis anos, a partir de 2006. Segundo o secretário, nas próximas horas será elaborado um termo de compromisso para efetivar a negociação. "Acreditamos que esse termo deverá encerrar a greve", concluiu.

Para uma das representantes da Confederação Nacional do Trabalho em Seguridade Social (CNTSS), Miraci Mendes, a greve só terminará depois que a proposta do governo foi aprovada nas assembléias estaduais e no plenário nacional. "Não vamos encerrar a greve só com a promessa. Estamos, inclusive, orientando o fortalecimento da greve até que as negociações sejam concluídas de fato", anunciou.

Inicialmente, os servidores exigiam que o parcelamento do passivo fosse realizado no período de quatro anos, e não de seis.

Durante a manhã, os representantes do Planejamento também se reuniram com os servidores do ministério da Cultura, em greve há mais de três meses, para discutir as propostas de recomposição salarial e o corte do ponto referente ao período de paralisação.