Planejamento propõe a servidores da Cultura em greve aumento salarial e corte do ponto

05/07/2005 - 14h32

Diego Freire
Da Agência Brasil

Brasília – Representantes do Ministério do Planejamento se reuniram hoje (5) com os servidores do Ministério da Cultura, em greve há mais de três meses, para discutir as propostas de recomposição salarial e o corte do ponto referente ao período de paralisação.

A proposta do governo prevê o aumento de 76% ao salário dos servidores de nível superior, o que representa R$ 1.550 reais a mais no contracheque; 55,15% para o nível intermediário, ou R$ 750,00 a mais, e 49,46% para o nível auxiliar, R$ 505,00. Além disso, o ministério decidiu cortar o ponto dos servidores em greve. Na próxima sexta-feira, às 15h, haverá nova reunião para que os funcionários digam se aceitam ou não o corte na folha de pagamento.

Segundo o diretor de programas da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Vladimir Nepomuceno, a proposta de aumento salarial poderá ser revista, caso os funcionários não aceitem o corte. "O corte de ponto foi decido porque existe um decreto em vigor e não há nada que autorize o Recurso Humanos ou qualquer dirigente do governo a abonar os dias não trabalhados a motivo de greve."

Se houver acordo entre o Planejamento e os servidores da Cultura, o reajuste salarial entrará em vigor em janeiro de 2006. Os beneficiados serão os titulares de cargos efetivos e funcionários do Ministério da Cultura e suas entidades: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan); Fundação Nacional da Arte (Funarte), Fundação da Biblioteca Nacional e Fundação Cultural Palmares. A gratificação será paga tanto aos servidores ativos como aposentados e pensionistas.