Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os principais problemas que atingem o setor de transporte de cargas no país são o roubo de cargas, a frota envelhecida, jornada de trabalho excessiva, condições inadequadas dos autônomos, custos operacionais elevados em função do grau de competitividade necessário e a visão de grande parte dos dirigentes públicos de que a atividade é prejudicial ao trânsito.

A afirmação foi feita pelo secretário de Política Nacional de Transporte do Ministério dos Transportes, José Augusto Valente, na abertura do 1º Encontro Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, que está se realizando no Ministério dos Transportes até amanhã.

Ele lembrou que 2 milhões de caminhões circulam diariamente nas rodovias federais e que 10 milhões de pessoas vivem do trabalho e da renda gerados pelo segmento. "O transporte rodoviário é responsável por 100% da carga transportada no país, principalmente por caminhões, em algum momento do trajeto", disse.

O presidente da Federação Brasileira de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo e da Seção de Cargas na Confederação Nacional do Transporte (CNT), Flávio Benetti, afirmou que o setor é extremamente carente, por precisar operar em 83% das rodovias comprometidas pela má qualidade.

Mesmo assim, Benetti se disse otimista com a recuperação da malha rodoviária e a retomada do desenvolvimento a partir desses investimentos. "Sabemos das dificuldades. Sabemos que não se começa uma obra imediatamente, mas estamos pacientemente esperando que se concretize essa recuperação".