Rio, 5/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - A disposição do consumidor para as compras vai depender da política e da economia. A avaliação é do economista Aloísio Campelo, para quem "nos próximos meses a economia não contará tanto com o otimismo do consumidor, porque há um componente na demanda, que é a propensão a gastar, e isso depende de ele prever nos meses seguintes se continuará empregado e recebendo salário". Campelo acrescentou que "se o consumidor acha que a economia não está muito confiável, tende a gastar menos".
Coordenador da Sondagem de Expectativas do Consumidor divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, o economista lembrou que um fato apontado na pesquisa já contribui para melhorar a expectativa do consumidor: a previsão média de inflação para 2005, de 8,7%, enquanto na sondagem anterior, realizada em maio, era de 9,0%.
Campelo lembrou também que no ano passado, em abril, "com a crise que envolvia o Waldomiro Diniz, a confiança do consumidor também se reduziu, mas foi uma questão pontual, e como foi solucionada rapidamente e a economia cresceu muito nos meses seguintes, a confiança do consumidor foi retomando gradualmente".