Rio, 4/7/2005 (Agência Brasil - ABr) - Terminam quarta-feira (6) as inscrições para o 6º Prêmio Itaú-Unicef, destinado a homenagear organizações não-governamentais (ONGs) dedicadas ao desenvolvimento de trabalhos educacionais complementares à escola.
Segundo a superintendente da Fundação Itaú Social, Ana Beatriz Patrício, o objetivo do prêmio é "dar visibilidade a organizações da sociedade civil que fazem um trabalho integrado com as escolas públicas e as demais entidades da sociedade, no sentido de construir uma rede visando à proteção e educação de crianças e adolescentes".
De acordo com Ana Beatriz, a Lei de Diretrizes e Bases do Ministério da Educação prevê que as escolas tenham, além do turno normal, um contraturno que possibilite o desenvolvimento de outras potencialidades, além da educação formal. Na realidade brasileira, isso é complicado, disse ela.
"As escolas não têm espaço, nem profissionais preparados para isso. Nossa intenção é mostrar que ao redor das escolas existem ONGs que estão preparadas para fazer esse trabalho integrado com os educadores das escolas". É como se fossem rompidos os muros da escola e começassem a conversar educadores de escolas e de ONGs, trabalhando pelo desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, explicou.
A expectativa é que duas mil ONGs concorram ao prêmio deste ano, num total de R$ 460 mil. A promoção é realizada a cada dois anos, por iniciativa da Fundação Itaú e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os projetos concorrentes devem ter no mínimo um ano de aplicação. Na última edição, realizada em 2003, inscreveram-se 1.834 projetos, capacitando 150 avaliadores em Manaus, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.
A novidade do prêmio deste ano é a regionalização, que inclui as cidades que tiveram o mais número de inscrições na edição passada: Rio de Janeiro, São Paulo, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Belém, Fortaleza, Curitiba e Goiânia. Ana Patrícia disse que o objetivo da regionalização é olhar os projetos dentro da realidade em que eles acontecem. "Projetos que fazem sentido no Nordeste são muito diferentes dos que fazem sentido no Sul", afirmou.
O tema deste ano é "Tecendo Redes". Segundo Ana Beatriz, trata-se de redes de relações, ou seja, a proposta é a criação de uma rede na comunidade, reunindo todos aqueles que estão voltados "ao binômio proteção e educação, que envolve família, escola, ONGs e outras entidades que estejam focadas nesse desenvolvimento de potencialidades de crianças e adolescentes". Serão conferidos 30 prêmios regionais e três nacionais. Os nacionais serão de R$ 100 mil, R$ 70 mil e R$ 50 mil. Os R$ 240 mil restantes serão divididos entre os demais ganhadores.