Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A expectativa de analistas e instituições financeiras para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano foi reduzida de 6,05% para 5,94%, em relação à semana anterior, aproximando-se da meta de inflação da área econômica para 2005, que é de 5,1%. Os números foram divulgados hoje (4) pelo boletim Focus do Banco Central, com projeções para os principais indicadores econômicos baseadas em pesquisa feita com as principais instituições financeiras do país.
Os analistas prevêem para 2006 um IPCA de 5%, segundo o Focus, quando o governo espera registrar inflação de 4,5%. Já as estimativas para o IGP-DI caíram de 5,09% para 4,94% e para o IGP-M, de 5,15% para 4,75%, em 2005, permanecendo em 5,5% as expetativas para 2006. O IPC-Fipe caiu de 5,84% para 5,75% na última semana e se manteve em 5% para 2006. A estimativa para os preços administrados em 2005 (tarifas fixadas pelo governo para empresas prestadoras de serviços como energia elétrica, água e telefone) caiu de 7,5% para 7,43% no ano, crescendo de 5,7% para 5,8% na previsão para 2006, segundo o boletim.
A taxa de câmbio deverá chegar ao final do ano em R$ 2,60 e, segundo a pesquisa, a previsão para 2006 é de R$ 2,80. Já a taxa de juros anual, a Selic, hoje em 19,75%, deverá chegar ao final do ano em 18%, segundo as instituições pesquisadas. A projeção para 2006 é que a Selic seja reduzida a 15,88%. O Produto Interno Bruto (PIB) deverá ter crescimento de 3% em 2005, e 3,5% em 2006, com a estimativa de que a produção industrial cresça 4,1%, em 2005, e 4,5% no próximo ano. A previsão de superávit para a balança comercial em 2005 se elevou de US$ 29,3 bilhões para US$ 29,9 bilhões, segundo o Focus.