Fabricantes de roupas pedem limite para entrada de produtos chineses

22/06/2005 - 14h53

Elisângela Cordeiro
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A Associação Brasileira do Vestuário (Abravesp) apresentou uma proposta para limitar a entrada de produtos chineses. O estudo propõe, para este ano, que os produtos chineses só tenham 1% do total produzido no país. Esse limite valeria para os 15 produtos chineses mais comprados pelo Brasil. A cada ano esse volume seria ampliado em 1%, até atingir o limite de 15%. Malha, lingerie, calça jeans, camiseta, estão entre os itens com importação limitada.

De acordo com o presidente da associação, Roberto Chadad, a entrada de produtos de vestuário chineses gira em torno de 0,68%. O setor teme um grande volume de importações devido ao fim das cotas para importação de tecidos e vestuário, desde o inicio do ano. A proposta da Abravesp foi entregue hoje (22) ao secretário de Comércio Exterior do ministério, Ivan Ramalho durante o Fórum Brasil-China de Negócios 2005 – o Setor Têxtil, para ser avaliada pelo governo federal.

O Brasil pode regulamentar hoje dois decretos sobre as salvaguardas à importação de produtos da China. Um deles trata especificamente de produtos têxteis e de confecções, que são os setores mais atingidos, e que deverá valer até 2008. O outro abrange produtos em geral, conforme resguarda o acordo para a aceitação da China na Organização Mundial do Comércio (OMC). O prazo dessa medida se estende até 2013. Em ambos os casos, é preciso que os setores que se sintam prejudicados encaminhem petição ao Departamento de Defesa Comercial (Decom), do Ministério do Desenvolvimento.