Estados terão mais recursos para comprar leite produzido por agricultores familiares

22/06/2005 - 9h36

Valtemir Rodrigues
Da Voz do Brasil

Brasília – Os estados têm até o dia 2 de agosto para se ajustarem à resolução que aumenta os recursos que serão destinados aos agricultores familiares. O programa de apoio à produção e ao consumo do leite, de acordo com uma resolução publicada no último dia 2 de junho pelo ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, vai receber mais dinheiro para atender um número maior de pequenos agricultores. Antes, os produtores podiam vender até o limite de R$ 2,5 mil de leite por ano para o governo, fornecendo 5 mil litros. Agora poderão fornecer o dobro e o número de produtores atendidos atualmente, 18 mil, também deve duplicar.

O secretário de Segurança Alimentar do ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Onaur Ruano, explica os principais benefícios da ampliação do programa para os pequenos produtores de leite. "O beneficio fundamental é a possibilidade de ampliação da participação dos produtores. Hoje, temos praticamente triplicado o número de produtores que poderão aderir ao programa".

O programa do leite é uma ação do Fome Zero implementada pelo ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) em parceria com os estados do semi-árido. O governo compra a produção dos pequenos agricultores e distribui para famílias de baixa renda.

"O programa visa atender as duas pontas, a produção familiar e as comunidades e aquelas pessoas que tem maior necessidade de ter uma suplementação alimentar. Atendemos crianças de 6 meses a 6 anos e idosos acima de 60 anos. Atualmente, estamos atendendo 638 mil famílias que estão recebendo diariamente um litro de leite", disse Ruano.

De acordo com ele, o programa também serve como fonte de geração de empregos e renda. Isso porque apóia pecuarista que produz até 100 litros por dia permitindo o escoamento da produção e valorização da bacia leiteira. O programa existe desde 2003 e até hoje foram aplicados quase R$ 180 milhões. Para 2005, está destinada uma verba de R$ 56 milhões.