Grevistas paulistas tentam reverter decisão da Justiça em reunião com juíza federal

14/06/2005 - 17h34

Paulo Montoia e Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência (Sinsprev) deverão se reunir neste final de tarde com a juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Federal Cível de São Paulo, que na semana passada determinou a volta ao trabalho de pelo menos 60% dos funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social do estado de São Paulo.

Ezequiel Barbosa, membro do comando de greve, disse à Agência Brasil que a audiência foi solicitada pelos previdenciários, que querem a oportunidade de esclarecer o andamento da greve e os vários serviços que estão sendo prestados regularmente à população. Com esses esclarecimentos, o comando de greve espera que a juíza revogue a liminar concedida na semana passada.

Em sua decisão da semana passada, a juíza Lencastre determinou uma multa diária ao Sinsprev de R$ 5 mil caso o retorno de 60% dos funcionários não fosse cumprido. Na noite de ontem, a juíza emitiu uma Reforma de Sentença, dobrando o valor da multa.

Hoje os previdenciários cumpriram o 12º dia de greve. Segundo a Superintendência paulista do INSS, 55% dos funcionários continuaram parados. Das 26 agências de atendimento da capital, 21 não funcionaram, quatro atenderam o público parcialmente e uma normalmente. O índice de paralisação na cidade ficou em 96%.

Na Grande São Paulo, seis dos 13 postos fecharam, dois funcionaram parcialmente e cinco normalmente, totalizando 61,5% de adesão à greve. No interior o índice de paralisação foi de 45,6%. Das 125 agências, pararam 31 unidades, 26 funcionaram parcialmente e 68 atenderam normalmente à população, segundo o INSS.

Já o Sinsprev afirma que a greve atingiu 70% das agências do estado e 95% das unidades da capital e Grande São Paulo.