Fabiana Vezzali
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Levar universidades públicas para regiões menos desenvolvidas ou afastadas dos grandes centros do país. Essa é uma das metas do Ministério da Educação para ampliar o acesso da população ao ensino superior. O MEC espera investir, em 2005, R$ 85 milhões na criação de novos campi e universidades.
"A distribuição é muito desigual no país em termos de universidades federais. Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul têm certa vantagem pelo número de universidades federais em seus estados. São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre têm um grande número de faculdades privadas", explica o secretário de Ensino Superior do ministério, Nelson Maculan.
O secretário alerta, no entanto, para a preocupação em conciliar a expansão das universidades com a qualidade do ensino. "Não pode abrir faculdade sem ter qualidade de ensino. No governo Lula demos a diretriz de que vai haver expansão do ensino público federal com a criação de 10 novos campi".
Na avaliação do professor da Universidade de São Paulo, Otaviano Helene, a função de priorizar as regiões mais carentes deve mesmo ser exercida pelo poder público. "O setor privado oferece cursos rentáveis, não os necessários para o desenvolvimento nacional. Por mais que faltem professores neste país ou que falte pessoal na área de saúde, no Nordeste, Centro-Oeste ou Norte, eles não vão oferecer cursos nessas áreas porque não tem clientela."
De acordo com o MEC, serão criadas três novas universidades: Grande Dourados, no Mato Grosso do Sul, Universidade Federal do ABC, em São Paulo, e Universidade do Recôncavo Baiano. Também estão sendo implantados 10 novos campi universitários: Universidade Federal do Acre, em Cruzeiro do Sul; Universidade Federal do Pará, em Marabá, Castanhal e Bragança; Universidade Federal da Bahia, em Vitória da Conquista; Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns; Universidade Federal de Pernambuco, em Caruaru; Universidade Federal Fluminense, em Volta Redonda; Universidade Rural do Rio de Janeiro, em Nova Iguaçu; Universidade Federal do Estado de São Paulo, em Santos; Universidade Federal de Sorocaba; e a Universidade Federal do Paraná, no litoral do estado.
Colaboração de Luciana Vasconcelos
