Sândala Barros
Repórter da Agência Brasil
Macapá - Os procuradores da República no estado do Amapá, Paulo Roberto Olegário de Souza e José Cardoso Lopes denunciaram 28 pessoas por fraude em licitação e desvio de recursos públicos. Elas foram indiciadas por sete crimes, entre eles formação de quadrilha, tráfico de influência, corrupção ativa e prevaricação.
Os acusados haviam sido presos durante a Operação Pororoca, deflagrada pela Polícia Federal no dia 4 de novembro do ano passado. A operação resultou na prisão de 30 pessoas, simultaneamente em Macapá, Belém, Brasília e Belo Horizonte, das quais foram denunciadas 28.
Segundo o procurador Paulo Olegário, sete inquéritos foram instaurados. "Com as informações colhidas nas investigações da Policia Federal decidimos abrir sete inquéritos policiais que foram divididos de acordo com o sistema de operação dos envolvidos e os crimes cometidos por eles." Informou. Dos sete inquéritos, três foram enviados para apuração ao Tribunal Regional Federal da primeira Região, em Brasília.
Os processos de competência do MPF do Amapá foram distribuídos aos dois procuradores. Com o procurador Paulo Olegário ficaram os inquéritos sobre as obras do Canal Paraíso, no município de Santana, a 18 quilômetros de Macapá e a obra de infra-estrutura urbana do município de Oiapoque, a 599 quilômetros da capital. O procurador José Lopes ficou com a investigação sobre a obra de reforma e ampliação do Hospital de Especialidades e a de construção do prédio da Polícia Técnica, executadas em Macapá.
Além de todo o material remetido pela Polícia Federal, o MPF pediu apoio da Controladoria Geral da União, que aprofundou as investigações. "Esse trabalho da CGU foi importante porque serviu de base para tudo que já havíamos apurado e de suporte para a nossa denúncia. Os indícios da prática de crime são muito fortes", afirmou José Lopes.