Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Boletim Focus, distribuído hoje pelo Banco Central, mostra que os especialistas mantiveram a expectativa de crescimento da produção industrial em 4,63% neste ano. Para o próximo ano, a expectativa passou de 4,35% para 4,20%.
Essa expectativa reflete no Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país. A projeção anterior para crescimento do PIB no ano, que era de 3,70%, passou para 3,69%, enquanto a estimativa para 2006 foi mais afetada: de 4% há quatro semanas, caiu para 3,85% na pesquisa anterior e agora desce mais um pouco, para 3,80%.
A pesquisa semanal, realizada com uma centena de analistas de mercado e instituições financeiras, manteve a previsão de R$ 2,80 para a taxa de câmbio no final do ano e elevou de 0,25 para 0,5 ponto percentual a expectativa de aumento da taxa básica de juros (Selic), na reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) fará na semana que vem.
Caso a projeção se confirme, a taxa de juros, hoje de 18,75% ao ano, subirá para 19,25%; mas os analistas prevêem que ela cairá gradativamente no segundo semestre do ano, de modo a encerrar 2005 em 17%. A estimativa para 2006 é de que a taxa caia para 15% até o final do ano.
O Boletim Focus manteve a previsão de US$ 14 bilhões para a entrada de Investimentos estrangeiros diretos (recursos que se destinam a investimentos na atividade produtiva do país) neste ano (US$ 15 bilhões em 2006), e aumentou a perspectiva de saldo da balança comercial (exportações menos importações), de US$ 27 bilhões para US$ 27,09 bilhões em 2005, e de US$ 24 bilhões para US$ 25 bilhões no ano que vem.
Com essa movimentação, o saldo previsto para as transações comerciais com o exterior subiu de US$ 3,50 bilhões para US$ 4 bilhões neste ano, e a pesquisa manteve a projeção anterior de US$ 530 milhões para o saldo de contas correntes no ano que vem.
Como reflexo imediato dessa leve melhora, a relação percentual da dívida líquida do setor público com o PIB deve cair dos 51,50% projetados na semana passada para 51,40%.
