IPM sobre queima de arquivos foi sigiloso por decisão da justiça militar, diz Comando da Aeronáutica

28/02/2005 - 19h17

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Comando da Aeronáutica esclareceu que o Inquérito Policial Militar (IPM) sobre a queima de arquivos da época da ditadura militar, realizado na Base Aérea de Salvador, ocorreu sob sigilo, por decisão judicial. Segundo o Comando da Aeronáutica, o artigo 16 do Código de Processo Penal Militar determina que as investigações têm que ser sigilosas para não prejudicar a condução das investigações.

"Quem conduz o processo não pode se pronunciar, e o passo seguinte, agora, deve ser dado pelo Ministério Público Militar, que, se julgar necessário, poderá pedir novas diligências para o caso", informou a assessoria do Comando da Aeronáutica.

O programa "Fantástico", da Rede Globo, divulgou matéria sobre a queima dos documentos, e o Comando da Aeronáutica, "tão logo tomou conhecimento da denúncia, isolou o local, que foi inicialmente periciado por dois técnicos da Polícia Federal, tendo o inquérito transcorrido durante 60 dias". A assessoria do Comando da Aeronáutica informou que todo inquérito evoluiu conforme a legislação.