Rio, 28/2/2005 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, defendeu hoje a adoção de um cadastro único de empresas para todo o Brasil, semelhante ao adotado para os veículos.

Ao lançar o Portal Empresarial, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para facilitar o dia-a-dia de empresários e trabalhadores no relacionamento com órgãos do governo, Furlan também voltou a criticar a burocracia que atinge os diversos níveis governamentais. Segundo o ministro, a ineficiência e o desperdício de trabalho podem ter jogado fora, somente no ano passado, cerca de 5% do PIB (Produto Interno Bruto).

O Portal Empresarial foi lançado na sede da Firjan durante a solenidade de entrega do I Prêmio Nacional de Desburocratização Eletrônica, criado pela entidade em parceria com a FGV Projetos, com o objetivo de estimular soluções de atendimento pela Internet que facilitem a relação entre empresas e contribuintes com os governos federal, estaduais e municipais.

Em seu discurso, o ministro disse que "a burocracia é um custo claro e alto que leva ao desperdício, à ineficiência e à corrupção. E representa uma perda significativa do investimento público". Na avaliação de Furlan, a burocracia leva o pais a adotar procedimentos do século passado. "Vivemos hoje, em alguns setores, uma burocracia de 20 a 30 anos atrás. Ela se preserva, se protege e se pereniza. O Brasil, segundo estudo recente, é o pais onde mais tempo se demora para se abrir uma empresa", afirmou.

Ainda de acordo com o ministro, os maiores gargalos estão nas prefeituras e ele citou a de Salvador, uma das mais premiadas na solenidade, como "a que melhor exemplo pode dar e onde uma empresa pode ser formada em poucos dias". Em São Paulo, informou, "leva-se até 100 dias para se criar e legalizar uma empresa".