Paula Menna Barreto
Repórter da Agência Brasil

Goianésia (GO) - O Sistema Único de Assistência Social (Suas) em Goianésia, uma pequena cidade a 300 quilômetros da capital federal, recebe a população e a encaminha ao programa mais adequado oferecido pelo governo local em parceria com o governo federal. A Defensoria Pública da cidade também recebe os usuários do Programa de Atenção Integral à Família (Paif) e seleciona quem pode receber auxílio. Nos últimos seis meses já foram atendidas mais de 500 pessoas. A maior demanda é nas áreas de família e de conflitos de terra

Para as mulheres de ex-catadores de lixo - que agora se dedicam à reciclagem no Aterro Sanitário da cidade - uma incubadora de tecnologia têxtil está em pleno funcionamento. Maria José Morais, 42 anos, casada e mãe de quatro filhos conta que no começo foi difícil montar a confecção. "O retorno é um pouco demorado, mas o dinheiro que ganho aqui ajuda em casa", afirma. Ela gasta 40 minutos de bicicleta para chegar ao trabalho, mas aposta no sucesso. "Quero sair daqui e ter minhas máquinas, a minha própria confecção".

A idéia é exatamente essa. Tirar a população do assistencialismo, oferecendo qualificação profissional e condições para que desenvolva seu potencial de trabalho. Segundo a assistente social Maria Luiza Corandin, esse modelo é o melhor. "Acredito que esse Sistema Único de Assistência Social resgata o cidadão", diz. "A pessoa sai da condição de assistido". Em 2004, os programas do Centro de Referência da Assistência Social beneficiaram 5 mil famílias em Goianésia.