Aumenta controle da leptospirose na capital maranhense

27/02/2005 - 13h13

Silva Diniz
Repórter da Agência Brasil

São Luiz - Os agentes do Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) de São Luís estão fazendo desratização de feiras e mercados públicos, bares e restaurantes da orla marítima e da Lagoa da Jansen, onde há maior concentração de roedores. A iniciativa tem o objetivo de prevenir a leptospirose, doença transmitida ao homem pela urina do rato, que pode levar à morte se não for diagnosticada e tratada a tempo.

Nesse período do ano, quando aumenta o volume de chuva na região, é necessário mais cuidado. Segundo o coordenador do Centro de Zoonoses, João Batista Pires, nesta época, aumenta o raio de ação da bactéria leptospira, presente na urina do rato e transmissora da doença. A bactéria se espalha levada pela água da chuva e pode penetrar no corpo humano por ferimentos ou na pele sadia quando há contato com a água. Alimentos contaminados também podem causar a doença.

A coordenadora da Divisão de Controle de Roedores do Centro de Zoonoses, veterinária Andréa Azevedo, explica que as feiras e mercados as áreas próximas são locais de maior concentração de ratos, por causa por restos de alimentos e outras sujeiras. Nesses locais e na orla marítima são feitas no mínimo quatro desratizações por ano.

Mesmo não havendo registro de casos de contaminação em São Luís, o Centro de Zoonoses mantém ação permanente de controle dos roedores. Os quatro casos da doença notificados na capital em 2005 foram de pessoas que vieram contaminadas do interior do estado. No ano passado houve 16 casos de leptospirose, quatro do interior do Maranhão.