Jorge Eduardo Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A comissão externa da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), criada para acompanhar as investigações sobre o assassinato do ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, vai ouvir na manhã desta sexta-feira os delegados responsáveis pelo caso.
Os deputados Carlos Minc (PT), Geraldo Moreira (PSB) e Coronel Jairo (PSC) irão à 58ª DP (Posse), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para verificar arquivos dos últimos anos, que contenham denúncias de ameaças contra ecologistas.
Depois, os parlamentares se reúnem com policiais federais. Ainda hoje, a comissão vai a Tinguá - onde o ambientalista foi morto na noite da terça-feira passada - para conversar com o chefe da Reserva Biológica, Luiz Henrique Santos Teixeira e moradores da região.
"A ministra (do Meio Ambiente) Marina Silva nos incumbiu de organizar um dossiê dos últimos dois, três anos de ameaças, até para evitar novos casos como esse. O objetivo da comissão, além do acompanhamento, é propor medidas complementares e preventivas que o poder público deve tomar", diz Minc.
A polícia já prendeu dois suspeitos do crime. José Reis de Medeiros, de 40 anos, foi encontrado a partir de informações do Disque-Denúncia. Ele já tem uma condenação por homicídio no município de Miguel Pereira. O outro suspeito, um caçador de Tinguá, deve ser apresentado ainda hoje pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.