Operação da Polícia Federal no Rio se baseou em investigação do Ministério Público

24/02/2005 - 11h39

Cristina Índio do Brasil
Repórter da Agência Brasil

Rio - A operação Ajuste Fiscal desencadeada hoje pela Polícia Federal teve como base uma investigação do Ministério Público Federal. Os procuradores constataram que um grupo de fiscais da Previdência social no rio de Janeiro praticou extorsão, ao longo de 10 anos, a mais de 140 empresas de médio e grande portes de vários setores, incluindo multinacionais.

As fraudes podem chegar a R$ 1 bilhão e se referem a dívidas não cobradas mediante pagamento de propinas. As investigações indicam também que a empresa Comercial Pesqueira Sete Irmãos Ltda, no centro da cidade, era usada como fachada para fazer as transações.

Para a investigação, a Justiça Federal decretou a prisão temporária de 13 fiscais que atuam no estado: Antônio Vinícius Monteiro, Joaquim Acosta Diniz, Francisco José dos Santos Alves, Luiz Ângelo Rocha, Jane Márcia da Costa Ramalho, Arnaldo Carvalho da Costa, Paulinea Pinto de Almeida, Paulo José Gonçalves Mattoso, Rogério Gama Azevedo, Francisco Cruz, José Eduardo Iuorno, Arinda Rezende de Pinho Monteiro e Geanete Assumpção José.

De acordo com o Ministério Público, parte desses fiscais ocupava cargo de chefia e dois deles - Arnaldo Carvalho da Costa e Paulinea Pinto de Almeida - foram presos em dezembro do ano passado na Operação Mar Azul, acusados de formação de quadrilha e corrupção passiva, mas foram libertados depois de o Tribunal Regional Federal conceder habeas corpus.