Feira de orgânicos da Europa terá participação de 35 pequenas empresas brasileiras

24/02/2005 - 8h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio - A partir desta quinta-feira, 35 pequenas empresas brasileiras estarão participando da Biofach 2005, a maior feira de produtos orgânicos da Europa, que se estenderá até sábado (26)em Nuremberg na Alemanha. Neste ano, o Brasil será o país homenageado na feira.

Duas dessas empresas, a Ecobrás e a Organic Life, foram desenvolvidas na incubadora de agronegócios da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA). A primeira é especializada na produção de tofu (queijo de soja) e derivados de soja como maionese e patês, e a outra comercializa café, arroz e mel orgânicos, entre outros produtos.

As companhias brasileiras já têm entrevistas agendadas nas rodas de negócios que serão realizadas durante a feira dos orgânicos, visando à exportação de seus produtos. Segundo o diretor da Ecobrás, Paulo Savino, "há mais interesse por esse tipo de produto no exterior do que no Brasil devido ao poder aquisitivo mais elevado da população". O preço dos orgânicos, acrescentou, ainda é alto para os padrões brasileiros.

Com um mercado em expansão no país, envolvendo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo Bahia e Minas Gerais, a Ecobrás quer aproveitar também o apoio do Ministério da Agricultura, por meio do programa de exportação (Progex), para adequar tecnicamente os produtos à venda externa – adotando, por exemplo, embalagens que propiciem validade maior aos alimentos, em geral frescos e refrigerados. A Ecobrás já constatou interesse de importadores da Inglaterra e até do Japão, que apesar de ser o maior produtor mundial de tofu, não fabrica derivados de soja como os produzidos pela empresa incubada da SNA.

Já a Organic Life é uma empresa emergente que tem como única meta a exportação. A participação na Biofach 2005, de acordo com o diretor Amy Bessler, permitirá que a empresa feche negócios com a Itália, França, Alemanha e Espanha, em especial.

As duas empresas se desenvolveram na Incubadora de Agronegócios da Sociedade Nacional de Agricultura durante dois anos, mas o prazo poderá ser prorrogado.