Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio - O secretário de Atenção Especial à Saúde do ministério da Saúde, Jorge Solla, e o secretário de Saúde do município do Rio de Janeiro, Ronaldo César Coelho, voltam a se reunir na terça-feira (22), em Brasília, para tentar um acordo que ponha fim à crise nos hospitais públicos da cidade. O primeiro encontro entre as equipes aconteceu no início do mês.
Enquanto o município pede mais verbas ao governo federal para repor material, equipamentos e pessoal nas unidades que pertenciam à União e foram municipalizadas, o ministério da Saúde condiciona o aumento do repasse de recursos à melhoria do atendimento à população, com a ampliação do Programa Saúde da Família e a implantação de uma central de marcação de consultas e de internações.
Em entrevista à Rádio Nacional (Rio de Janeiro), Jorge Solla afirma que, entre as capitais brasileiras, o Rio de Janeiro é o mais atrasado na implantação do Programa Saúde da Família. "O problema não é a falta de recursos, pois só no ano passado o ministério da Saúde repassou para o Rio mais de R$ 2 bilhões, que significaram cerca de 7% de todo o financiamento concedido ao Sistema Único de Saúde no país".
Nos próximos dias, os conselheiros do Tribunal de Contas do Município devem apreciar o relatório elaborado por técnicos do órgão que constata um rombo de R$ 240 milhões nas contas da secretaria municipal de Saúde do Rio. O documento já foi encaminhado ao Tribunal de Contas da União e agora os conselheiros devem determinar providências à prefeitura.