Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Cerca de dois mil moradores da Reserva Extrativista Verde para Sempre, localizada no município de Porto D’Moz, no Pará, discutem neste sábado (12) com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ações para beneficiar a população da reserva. Participam o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, e o presidente em exercício do Ibama, Luiz Fernando Merico, que na ocasião anunciam medidas de apoio às 4,5 mil famílias que vivem na localidade.
O principal objetivo do encontro é discutir a criação de uma associação para responder pelas ações da reserva extrativista. Durante a reunião, o Incra também irá inserir as famílias no programa de Reforma Agrária com a concessão de crédito para a habitação, infra-estrutura e apoio à produção. Cada família vai receber R$ 7,4 mil.
A reserva Verde para Sempre, localizada numa região marcada por conflitos fundiários e exploração ilegal de madeira, foi criada no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Incra, esta é a maior reserva extrativista do País, com mais de 1,2 milhão de hectares, o equivalente a mais da metade do estado de Sergipe.
Na reunião também deverá ser criado o conselho deliberativo da reserva, presidido pelo Ibama e composto por representante do Incra, das associações comunitárias da reserva, de prefeituras e governos estadual e federal. Também serão anunciadas ações para o levantamento fundiário da área e para a elaboração de um plano emergencial anterior ao plano de manejo definitivo da reserva.
A região onde está situada a Verde para Sempre é uma das áreas protegidas pelo governo com o objetivo de conter o desmatamento ilegal e garantir a preservação e o uso sustentável da Amazônia e das populações locais. Com essa finalidade foi criado o Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e o Plano BR-163 Sustentável. No local são proibidas a exploração de recursos minerais e a caça amadora ou profissional.