Brasília - Os meios de comunicação influenciaram mais os estudantes que já escolheram a futura carreira do que os pais ou a escola, segundo a maioria dos mais de um milhão de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e responderam a um questionário socioeconômico sobre aprendizado, condições das escolas, qualidade dos professores e ainda sobre valores e expectativas.

Sessenta por cento dos alunos disseram que, de fato, a escola nada ajudou ou ajudou pouco na escolha. Segundo o Ministério da Educação (MEC), 63% dos entrevistados pretendem ter um diploma universitário para conseguir um bom emprego. Apenas 10% disseram que tentarão passar em algum concurso público.

No questionário de 205 perguntas, os estudantes responderam que as profissões que mais os atraem são as das áreas de ciências biológicas ou saúde. Sobre as escolas onde estudaram, metade dos jovens - 50,8% - avaliaram os o ensino como "regular a bom". Na avaliação de 63% dos estudantes, é insuficiente o acesso a computadores e laboratórios nas escolas.

Em relação aos professora, 76% disseram acreditar que são dedicados e 67% avaliaram que eles têm autoridade em sala de aula. Mas o percentual dos que pensam o contrário também é alto: 23% dos estudantes responderam "não" quando perguntados sobre dedicação e envolvimento dos professores e 33% disseram duvidar da capacidade do educador de mostrar autoridade.

As preocupações dos alunos também foram avaliadas. Drogas, violência, pobreza, favela e meninos de rua são as questões que mais os preocupam. Além disso, a situação econômica do país é motivo de preocupação para 17% dos participantes do Enem.

Com informações do Ministério da Educação