Espírito Santo completa 3 anos sem registro de mortes entre crianças indígenas

09/02/2005 - 18h35

Bruna Vieira
Da Voz do Brasil

Brasília - Há três anos, o Estado do Espírito Santo não registra casos de mortalidade infantil entre indígenas. De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), do Ministério da Saúde, em 1997, das 29 crianças indígenas nascidas vivas no estado, cinco morreram antes de completar um ano de idade. No final do ano passado, a média nacional de óbitos entre índios menores de um ano foi de 47 para cada mil nascidos vivos.

O índice zero de mortalidade infantil, segundo o diretor do Departamento de Saúde Indígena da Funasa, Alexandre Padilha, é resultado dos programas de vigilância nutricional nas aldeias, do saneamento básico e do atendimento diferenciado aos índios, já que pediatras e agentes de saúde visitam diariamente as sete aldeias do Estado – 2.319 índios das etnias Tupiniquim e Guarani – para acompanhar o peso das crianças menores de cinco anos. "A principal razão da mortalidade zero é a presença das equipes de saúde nas aldeias. Nós temos 52 profissionais atuando diariamente nas aldeias, avaliando o crescimento das crianças. Além disso, chegamos a 100% de saneamento básico nas aldeias do Estado", afirma.

Padilha lembra ainda que em maio do ano passado, das 415 crianças indígenas, 55 estavam abaixo do peso. Seis meses depois do início das ações da Funasa, esse número caiu para 35 crianças, o que corresponde a 36% de redução.

Em todo o ano passado, a Funasa investiu R$ 1.166.482,69 em ações de saneamento básico.

Com informações da Fundação Nacional de Saúde