Pedro Z. Malavolta
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O crescimento da atividade industrial brasileira em 2004 será o maior desde 1986. A previsão foi feita por Aloísio Campello, economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), com base na expectativa da divulgação de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na próxima sexta-feira (11).

Nesta quinta-feira (3) a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou o Indicador de Nível de Atividade da indústria paulista de 2004, que registrou um crescimento de 8,5% no último ano, o maior desde 1994. De acordo com Campello, "o crescimento da indústria nacional (segundo o IBGE) deverá ser parecido".

Ele espera que a pesquisa do IBGE, apresente um crescimento entre 8% e 8,2% para a atividade industrial no país. "Esse será o maior crescimento desde 1986 (ano de lançamento do Plano Cruzado) para a indústria nacional", ressaltou Campello.

De acordo com o economista, é comum haver crescimento da atividade da indústria depois de anos ruins, como foi o de 2003. Ele ressaltou, no entanto, que o país cresceu além da simples recuperação. Para Campello, houve um quadro favorável para isso, que inclui o aumento da demanda externa, com crescimento das economias industrializadas, e aumento da oferta de crédito. "As medidas para facilitar o crédito, como o microcrédito e o desconto na folha de pagamento (de empréstimo pessoal), impulsionaram a compra de bens duráveis", disse.