Rio e Niterói têm mais chances de atingir meta da OMS para hanseníase

31/01/2005 - 19h23

Rio, 31/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Rio de Janeiro e Niterói são os municípios fluminenses mais populosos com maior chance de atingir, até o final deste ano, a meta de menos de um caso de hanseníase para cada grupo de 10 mil habitantes, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A avaliação é de Maria Leide de Oliveira, professora de Medicina da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) que coordenou as atividades de mobilização para eliminação de hanseníase realizadas hoje no Hospital Universitário da UFRJ.

A professora disse que, de acordo com os dados apresentados hoje pela Secretaria Estadual de Saúde, o Rio e Niterói apresentam taxas de 1,82 e 1,75 de portadores de hanseníase, respectivamente, para cada grupo de 10 mil pessoas. A média do estado é de 3,84, com um total de 5.767 doentes em tratamento.

Segundo Maria Leide de Oliveira, os municípios da Baixada Fluminense e também os de Campos, Macaé, Itaboraí, Araruama e Cabo Frio são os que estão em pior situação.

Entre as medidas de prevenção da doença, a professora destacou que "a principal é o diagnóstico precoce, por meio da observação de sinais como o aparecimento de manchas, áreas adormecidas, com sensação de formigamento, ardência ou perda de sensibilidade". Ela destacou que o auto-exame é fundamental, já que "não há uma vacina contra a doença, e que a BCG protege apenas contra formas graves, tanto da hanseníase como da tuberculose".

Durante a mobilização na UFRJ, foi feita uma campanha educativa com os pacientes do Hospital Universitário, por meio da entrega de material informativo e projeção de vídeo, além de apresentação teatral. Também foi lançada hoje a Liga Estudantil de Combate à Hanseníase da UFRJ, além da inauguração de uma exposição sobre a participação da faculdade nas políticas públicas de combate à doença.