Brasília, 31/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Os programas brasileiros de inclusão social na área do esporte – Pintando a Liberdade e Segundo Tempo – serão levados a outros países pela Organização das Nações Unidas (ONU). A informação é do conselheiro especial da ONU, Adolph Ogi, recebido na tarde desta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o conselheiro, o Brasil é referência na promoção do esporte para o desenvolvimento e a paz.
Adolph Ogi elogiou a iniciativa do governo brasileiro em promover o Jogo da Paz no Haiti, no ano passado, quando as seleções brasileira e haitiana disputaram partida amistosa na capital, Porto Príncipe. E disse acreditar que o Brasil pode ter papel importante em disseminar os valores do esporte. "O esporte é o melhor presente da vida, com o esporte aprende-se a ganhar sem ser o melhor, a respeitar o oponente, a ser solidário e a ter disciplina", observou Ogi, para quem o esporte ainda colabora para reduzir as desigualdades sociais.
Amanhã (1º/2), o conselheiro da ONU visitará o Núcleo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde detentos trabalham na produção de bolas e uniformes distribuídos gratuitamente em escolas públicas. No local funciona um dos núcleos do programa Pintanto a Liberdade, que tem 67 unidades de produção responsáveis pela produção de 900 mil bolas em 2004. O material beneficiou 18 milhões de crianças.
Ainda em Brasília, Ogi conhecerá um dos núcleos do programa Segundo Tempo, onde crianças carentes da rede pública de ensino têm acesso a atividades físicas orientadas, aulas de reforço escolar, recebem lanche e uniforme. As atividades são desenvolvidas sempre em horário contrário ao das aulas que acompanham na escola.