Rio, 8/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - A quinta edição da bolsa de negócios Fashion Business, que ocorrerá na próxima semana em paralelo ao 6º Fashion Rio, no Museu de Arte Moderna, representará o primeiro teste do Brasil no mercado livre em 2005.
De acordo com avaliação do Sebrae-RJ (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa), este ano marca uma importante mudança no mercado internacional da moda. A afirmativa dos técnicos se baseia nas conseqüências da extinção, em 31 de dezembro passado, pela Organização Mundial do Comércio, do Acordo Têxtil e de Vestuário (ATV). Esse acordo estabelecia um sistema de cotas no comércio mundial de fibras e produtos têxteis. Agora, haverá total liberdade de disputa de mercado, ameaçado pela concorrência da China e da Índia.
O Fashion Business faz parte do Circuito Brazil Fashion Show, promovido pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), com apoio da Agência de Promoção de Exportações (Apex Brasil). Na última edição, realizada no segundo semestre de 2004, o Circuito Brazil Fashion Show reuniu 656 expositores, cerca de 1.050 marcas e 100 compradores de 30 países, atraindo um público de 75 mil visitantes. Os negócios totalizaram R$ 700 milhões, dos quais 35% com compradores externos.
Dados do Sebrae/RJ indicam que a indústria têxtil, com faturamento de US$ 24 bilhões/ano, responde por 13% do PIB (Produto Interno Bruto) e é o segundo setor econômico que mais emprega no país. As 30 mil empresas da indústria têxtil brasileira, das quais 70% de micro e pequeno portes, têm 1,45 milhão de trabalhadores.
As exportações em 2003 atingiram US$ 1,65 bilhão. E até 2010 o setor deverá investir um montante de US$ 8 bilhões, de modo a cumprir a meta da Abit de sair do atual patamar de 0,3% de participação no mercado mundial para chegar a 1%, o que significa aumentar as exportações para US$ 4 bilhões anuais até 2008.
O Estado do Rio de Janeiro, com faturamento de US$ 690 milhões, responde por 3% da produção nacional e ocupa a quarta posição no ranking nacional, revela o Sebrae-RJ.
