Empregos têm crescimento de 3%, diz Ministério do Trabalho

26/12/2004 - 9h37

Saulo Moreno
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os resultados definitivos da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do ano base 2003.

Segundo o levantamento, foram criados 861 mil empregos e o período fechou com o número total de 29,5 milhões de empregos formais no país, o que indica um crescimento médio de 3% de empregos com carteira assinada e estatutários em praticamente todos os setores da economia.

Segundo a RAIS, houve uma leve recuperação do poder de compra em comparação a 31 de dezembro de 2002. Em termos geográficos, os estados que mais se destacaram na geração de empregos foram: São Paulo, com 140,1 mil novos postos, e Minas Gerais, com 91,7 mil vagas.

No Nordeste, a Bahia foi responsável por 69,9 mil empregos. O Paraná contribuiu com 71,7 mil empregos. No Centro-Oeste, Goiás destacou-se com 45,6 mil novos postos. No Norte, o melhor desempenho ocorreu no Amazonas, ao responder pela inserção de cerca 27 mil empregos.

Os setores da economia mais dinâmicos foram o comércio, onde verificou-se incremento de 292,9 mil empregos, a administração pública, com 204,7 mil vagas, serviços, com 196 mil postos, e indústria de transformação, com 146,4 mil postos. O maior crescimento relativo, acima dos 3%, foi registrado na agropecuária, com percentual de aumento de 6,1%. A maior queda foi na construção civil, com menos 5,3%.

A leitura dos dados, segundo gênero e grau de instrução, evidencia que nos níveis até 8ª série incompleta houve declínio na demanda de trabalho, particularmente expressivo na categoria de trabalhadores analfabetos tanto para as mulheres (-57%) quanto para os homens (- 30%).

A partir da 8ª série incompleta, os dados assinalam elevação no nível de emprego para quase todos os níveis de instrução. A única exceção foi no nível superior incompleto, que acusou um ligeiro declínio (-1,04%) em função da queda de 2,8% no número de trabalhadores do gênero masculino, uma vez que as mulheres acusaram ligeiro crescimento (0,6%).

Os assalariados com nível superior completo e os do 2° grau completo foram os que apresentaram as maiores taxas de crescimento, de 18,6% e 6,3%, respectivamente, e as maiores expansões em termos absolutos, com 681,9 mil e 516,3 mil postos de trabalho.

No caso do 2°grau, percebe-se maior elevação do número de homens, porém no nível superior completo, a liderança coube às mulheres com 375,7 mil contra 306,2 mil postos de trabalho do gênero masculino.