Petroleiros continuam ''rodízio de greve'' e paralisam refinaria de Paulínia

05/10/2004 - 16h56

Leonardo Stavale
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Os petroleiros da Refinaria de Paulínia (Replan) – a maior do país – paralisaram suas atividades nesta terça-feira. A adesão foi de 95% do pessoal do turno e 55% do administrativo, segundo o coordenador Regional do Sindipetro Unificado de São Paulo, Itamar Sanches. Uma reunião entre representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Petrobrás, marcada para as 14h foi remarcada para as 16h, no Rio de Janeiro.
A expectativa é de que a Petrobrás faça alguma proposta.

O movimento faz parte da "greve pipoca" que os petroleiros realizam durante esta semana. Segundo a FUGP, além da Replan, a Refinaria Getúlio Vargas (Repar) e a Unidade de Xisto (SIX), ambas no Paraná, também tiveram suas atividades suspensas, e a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, continua em greve por tempo indeterminado.

A FUP indica todas as noites as unidades que devem parar por 24 horas no dia seguinte. Nas unidades não houve substituição de turno e, de acordo com Sanches, a greve tem caráter apenas de advertência e a produção está sendo mantida.

Os petroleiros reivindicam reajuste de 7,81% relativo ao Índice de Custo de Vida do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), mais 5% de aumento real. A FUP também quer negociar melhorias no plano de cargos, o fundo de pensão e a equiparação do salário dos novos funcionários com o dos antigos.