Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio - A Petrobras trabalha com uma expectativa de que ainda haja um potencial de descobertas na Bacia do Espírito Santo de 1,8 bilhão de barris de óleo, equivalente (petróleo e gás), nós próximos oito anos. A avaliação é do gerente executivo de Exploração e Produção da empresa, Paulo Mendonça.
Mendonça esclarece que este potencial envolve os trabalhos já mapeados pela estatal nos 26 blocos adquiridos pela empresa nas seis rodadas de licitações de áreas para exploração e produção de petróleo e gás já promovidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
"Os blocos que nós temos possuem estruturas mapeadas, onde dá-se um risco de chance. A soma deste produto, que nós chamamos de Banco de Dados de Oportunidades Exploratórias, é que nos leva a este volume de 1,8 bilhão de óleo equivalente a ser descoberto".
A este volume, somam-se os 450 milhões de barris de petróleo relativos ao volume descoberto no campo de Golfinho, nas imediações dos blocos mapeados. Golfinho foi uma das mais importantes descobertas da Petrobras nos últimos anos, principalmente por ter um óleo de excelente qualidade.
Na avaliação de Paulo Mendonça, a Petrobras detém tecnologia para explorar petróleo em qualquer uma das bacias sedimentares do país, o que pode ser constatado pelo fato de a estatal ter descoberto reservas estimadas de mais de 6 bilhões de óleo equivalente entre 2001 e 2002.
Para Mendonça, a Bacia de Campos já é uma região petrolífera bastante explorada e agora a Petrobras partirá para a intensificação das atividades exploratórias nas bacias de Santos e do Espírito Santo, e também para a descoberta de novas fronteiras petrolíferas, como Jequitinhonha e Camamu Almada.