Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Rio - O presidente da Oi Brasil, Luiz Eduardo Falco, disse hoje, que é favorável à interconexão das operadoras. A proposta é da agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e consiste na livre negociação na cobrança de tarifas de interconexão no uso das redes. Para as operadoras contrárias à proposta, isso pode significar proteção às empresas de telefonia fixa, em detrimento da telefonia móvel.
"Temos de evoluir para que as redes possam se conectar livremente. O ideal é que todos tenham acesso, para se falar normalmente, independentemente de ser telefonia fixa ou móvel", disse Falco, ao participar do 2º Fórum AHCIET Movil, promovido pela Asociacóin Hispanoamericana de Centros de Investigación y Empresas de Telecomunicaciones, na zona sul do Rio. Também participaram do evento os presidentes da Vivo no Brasil, Francisco Padinha, e da Tim, Mário César Pereira de Araújo.
Os representantes das três principais operadoras – Vivo, Tim e Oi - se posicionaram contra a terceira geração de telefonia, que a Anatel pretende implantar a partir do ano que vem. Para eles é preciso que as empresas tenham retorno dos investimentos que já foram feitos, antes de haver mudanças na tecnologia.
"Temos hoje seis empresas operando no país e, no momento em que elas fazem investimentos em tecnologia, se adaptam ao mercado, a Anatel quer mais uma vez mudar as regras", reclamou o presidente da TIM. Para Falco, da Oi, o Brasil precisa tomar uma pílula de humildade. "Somos um país pobre", afirmou. Ele destacou que as redes têm de ser remuneradas e oferecer serviços em que a relação custo/benefício seja razoável. "Porém, as empresas do setor têm de ter o retorno do que é investido", disse.