Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com o propósito de formar 90 profissionais do escalão intermediário da segurança pública em todo país, entre secretários estaduais de Segurança Pública, comandantes das polícias militares (PMs) e chefes de Polícia Civil, está sendo realizado durante esta semana, em Brasília, o Curso de Gestão em Segurança Pública. No sistema de rodízio, as próximas cidades a receberem o curso serão Fortaleza (CE) e Porto Alegre (RS).
Promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, o curso foi organizado em quatro módulos (dois neste semestre e dois no primeiro semestre de 2005) e tem o objetivo de difundir, entre as organizações de segurança pública e os profissionais gestores de segurança pública a cultura, as ferramentas e o conhecimento necessários para se utilizar gestão em segurança pública no país.
Os dois módulos desse semestre são "Gestão de Processos em Segurança Pública" e "Gestão da Informação em Segurança". Os dois módulos do próximo ano são "Gestão e Segurança Pública utilizando Geoprocessamento", e um onde gestores de segurança pública vão fornecer relatos das experiências que eles tiveram na prática. Cada módulo tem a duração de 40 horas/aula em uma semana de curso.
Na opinião do secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Côrrea, o Plano Nacional de Segurança Pública tem vários eixos e um deles é a gestão. "Nós temos muito empirismo, cada região do país está gerindo de um jeito e, como nós queremos um sistema unificado, precisamos ter uma gestão qualificada".
Ele defende a existência, por exemplo, de um gestor no aspecto material e outro da gestão política de segurança pública, "política no sentido de uma segurança pública cidadã, democrática" e, principalmente, "a formação de gestores no escalão intermediário das instituições para que se tenha perenidade nessa política".
Com relação à expectativa da sociedade em torno da diminuição dos índices de violência, o secretário disse que existe uma expectativa em torno da Secretaria Nacional de Segurança Pública "como se ela fosse a responsável pela execução lá na ponta". Segundo ele, "nós criamos um ambiente, através de uma política, para que se exerça e se pratique uma melhor segurança".