Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A divulgação dos últimos números oficiais da economia deram uma injeção de ânimo nos diferentes setores do mercado, que passaram a acreditar mais no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. O boletim Focus desta semana, que traduz pesquisa do Banco Central junto a analistas e instituições financeiras sobre os principais indicadores da economia, mostra que a média das estimativas é de um PIB de 4,47%, contra projeção de 4,36% na pesquisa da semana anterior.
Trata-se de um crescimento gradativo, semana após semana, em resposta à saúde financeira demonstrada em segmentos como balança comercial, cujo saldo, este ano, será em torno de US$ 32 bilhões nas contas do mercado (perspectiva era de US$ 31,50 bilhões na pesquisa anterior), por força do aumento das exportações. O superávit recorde gera mais trabalho e induz o aumento da produção industrial para 6,50% no ano.
Esse comportamento eleva, também, as projeções para o saldo de contas correntes externas, que deve ser de US$ 8,97 bilhões nas perspectivas do mercado, contra prognóstico de US$ 8,10 bilhões na semana anterior - otimismo que se reflete até mesmo quanto à possibilidade de aumento dos investimentos estrangeiros diretos no país. A expectativa do mercado, que há meses permanecia em US$ 10 bilhões, subitamente aumentou para US$ 11 bilhões.
A pesquisa do BC indica, ainda, que a dívida líquida do setor público em relação ao PIB vai descer da projeção anterior, de 56,50%, para 56% e ainda está acima da avaliação do próprio BC, que é de 55%, embora as contas da política fiscal de agosto tenham mostrado comprometimento de 54,10% do PIB. O nível vai se elevar um pouco por causa da concentração de despesas tradicionais de fim-de-ano.