ACM diz que não leva a sério deputado que pediu sua expulsão do partido

14/09/2004 - 14h03

Ellis Regina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O senador Antonio Carlos Magalhães (PLF-BA) disse hoje "que não leva a sério" a petição para que seja expulso do partido, de autoria do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). "Não conheço bem quem pediu. Sei que é um candidato que não está bem nas pesquisas e que certa feita me ofereceu aqui uma lingüiça especial de sua terra. É o único conhecimento que eu tenho desse deputado, qual é mesmo o nome dele?".

O deputado apresentou hoje ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), um pedido de expulsão do partido do senador Antônio Carlos Magalhães (BA), por ter sido o "coordenador do processo de cooptação partidária" realizada pelo governo em um jantar, ontem, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de parlamentares pefelistas.

O senador disse que tem ajudado a acabar com a radicalização do governo e da oposição e que não pretende sair do PFL. "Quero ficar no PFL, e que ele seja mais flexível. Desejo que o partido seja mais aberto", declarou. ACM negou que tenha sido o organizador do jantar de aproximação do PFL com o governo. "Não coopto ninguém e ninguém me coopta", disse.

Sobre as críticas de Bornhausen de que ACM estaria colaborando com a cooptação partidária, o senador baiano disse que deseja apenas que o partido "seja mais aberto para que todos tenham voz, principalmente aqueles que tenham voto".

"O partido não tem donos. O que não é possível é que quem tenha voto seja mal visto no partido e aqueles que não tenham voto comandem", observou. O senador disse que "tem vencido muito na Bahia e Bornhausen tem perdido muito em Santa Catarina". Para ACM, neste sentido, "seria injusto fazer comparações" com Bornhausen.