Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A Região Metropolitana de Curitiba teve crescimento de 381,9% na criação de empregos durante o primeiro semestre deste ano, comparado ao desempenho obtido no mesmo período do ano passado. De janeiro a julho de 2004, foram criados 25.885 novos postos de trabalho com carteira assinada contra 5.371 na mesma época em 2003.
As atividades que mais contribuíram para esse índice foram a indústria de transformação, com crescimento de 519,5%, o setor de serviços, com 308,3%, e o comércio, que ofereceu mais do que dobro das vagas ofertadas no primeiro semestre de 2003: 5.393, de janeiro a julho deste ano, contra 2.672 vagas abertas no mesmo período de 2003, um crescimento de 101,8%.
Esses números foram divulgados pela Coordenadoria de Estudos, Pesquisas e Relações de Trabalho (CRT) da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social (SETP). A pesquisa foi feita com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O secretário do Trabalho, padre Roque Zimmermann, afirma que os números apresentados na Região Metropolitana de Curitiba são resultado de um bom momento econômico: "O aumento das exportações beneficia grandemente o setor da indústria de transformação" Ele apontou a queda gradual das taxas de juros como fator positivo para o setor da construção civil, que começa a se recuperar depois de um período difícil.
"A classe média não tem condições de financiar um imóvel quando a taxa de juros passa dos 18% ao ano. Se não existe compra, o setor fica estagnado", afirma o secretário. Padre Roque ainda destacou o aumento dos investimentos públicos na construção civil como fator estimulante à recuperação do setor.
O Estado do Paraná, como um todo, também apresentou um bom desempenho na criação de novas vagas no mercado formal de trabalho. De janeiro a julho de 2004, foram criados 106.311 novos postos de trabalho, número que representa um aumento de 67,4% em relação às 63.519 vagas criadas no mesmo período de 2003. O Estado aparece em terceiro lugar no cenário nacional quando o assunto é a criação de novos postos de trabalho, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.