Brasília - A embaixada dos Estados Unidos vai colaborar com o programa de capacitação de professores para o combate ao uso de drogas com o financiamento do curso que será lançado hoje pelo ministro da Educação, Tarso Genro, informou o secretário Nacional Antidrogas, Paulo Uchoa, em entrevista ao jornal NBr Manhã, da TV a cabo da Radiobrás:
NBr Manhã: Qual o papel exatamente da embaixada dos Estados Unidos, o que eles têm para contribuir nesse projeto?
Paulo Uchoa: A embaixada norte-americana é uma parceira, inclusive na área de recursos. Então nesse curso, por exemplo, ela está contribuindo com boa parte do financiamento do curso para que ele possa ser realizado. A parceria está nesse campo não na parte metodológica, e nem parte conceitual, mas na parte de apoio financeiro, e eles sabem que esse curso é extremamente necessário e que pode até servir de exemplo para outros países. O que nós pretendemos quando tivermos esse curso piloto executado e ampliado para o Brasil inteiro, é ampliarmos para os paises irmãos de língua portuguesa.
NBr Manhã: O presidente Lula dizia essa semana, em Porto Alegre, que o Estado por si só não pode fazer tudo sozinho. Então é um caminho natural seguir parcerias entre o Estado e os setores da sociedade.
Paulo Uchoa: É um conceito que nós sempre reforçamos no sentido de compartilhar a responsabilidade. Então, a responsabilidade compartilhada na área de droga é fundamental, não só o governo como também a sociedade e como também as organizações não-governamentais, a comunidade científica, é fundamental que haja o compartilhamento da responsabilidade para podermos chegar a bons resultados.
NBr Manhã: A Secretaria tem estudos que mostram essa relação de investir em educação, investir em capacitação de educadores e ter como resultados por exemplo a redução de violência. Como é que a Secretaria mostra a necessidade de um curso com esse, como é que a Secretaria justifica por exemplo o interesse de uma embaixada de um outro país em investir num programa assim?
Paulo Uchoa: Olha, hoje já está difundido no mundo todo e o Brasil tem convicção de que a solução para o problema passa necessariamente pela prevenção e pela prevenção primária. Então nós não podemos impedir que os nossos jovens sejam solicitados a decidir se ele quer ou não usar a droga. Isso vai acontecer a qualquer momento da vida dele o momento em que ele vai ter que decidir. Então a nossa obrigação é estarmos presente no momento da decisão da vida dele, fazendo com que ele decida com maturidade, decida com informação, decida com responsabilidade, então essa é uma finalidade que só será cumprida com um trabalho feito a partir de agora de formação, de educação.