Rio, 17/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em junho apresentou crescimento de 0,9% em relação a maio, já descontado o efeito sazonal.
Os indicadores mensal e acumulado do ano apresentaram altas de 2,1% e de 0,5%, respectivamente. Embora mantenha trajetória ascendente, o acumulado nos últimos doze meses permaneceu em queda (-0,5%), uma vez que em maio, a taxa foi de -0,8%. Todos os indicadores da jornada média de trabalho foram positivos: o indicador mensal teve um aumento de 0,5%; o acumulado do ano cresceu 0,4% e os últimos doze meses, 0,1%.
O indicador de média móvel trimestral, ao apontar aumento de 0,3% na jornada de trabalho entre os trimestres encerrados entre junho e maio, retoma a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2004, que havia sido interrompida pelo resultado de maio.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas da indústria cresceu 2,1%, influenciado pelo desempenho positivo de 12 das 14 áreas e também 12 dos 18 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos vieram das atividades de máquinas e equipamentos (14,6%), fabricação de meios de transporte (10,1%) e borracha e plástico (8,7%). Em contrapartida, as maiores contribuições negativas ficaram por conta das indústrias de vestuário (-10,2%), produtos de metal (-6,0%) e papel e gráfica (-5,3%).
Entre as regiões, ainda na comparação de junho de 2004 e junho de 2003, as maiores influências positivas para o resultado geral vieram de São Paulo (2,1%), Minas Gerais (4,9%) e região Norte e Centro-Oeste (4,0%). Na indústria paulista, os maiores impactos positivos foram dos segmentos de máquinas e equipamentos (22,9%), alimentos e bebidas (6,9%) e borracha e plástico (10,2%).
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os ramos de alimentos e bebidas (8,5%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (14,4%) e fabricação de meios de transporte (14,9%), foram os destaques positivos. Em contraposição, Rio de Janeiro (-5,1%) e Pernambuco (-4,7%) foram as únicas influências negativas.
Entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, dez dos 12 locais pesquisados ampliaram o índice de número de horas pagas. As regiões Norte e Centro-Oeste tiveram o crescimento mais significativo (de 0,0% para 3,8%), enquanto Pernambuco apresentou a maior queda (de 4,4% para -2,6%).