Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI), Gustavo Leonardos, o diretor da Interpol, John Newton, e o vice-presidente da CPI da Pirataria, deputado Júlio Lopes (PP/RJ), apresentaram hoje ao ministro Márcio Thomaz Bastos proposta de atuação conjunta da polícia internacional com a Polícia Federal brasileira contra a pirataria.
Segundo Leonardos, o ministro recebeu bem a idéia e prometeu analisá-la. A proposta está dividida em três eixos: o envio de um policial brasileiro para trabalhar na sede da Interpol, em Lyon (França), como o elo de ligação entre as duas forças policiais; treinamento de um grupo de elite brasileiro por policiais da Interpol, aqui no Brasil; e a unificação dos sistemas de informação de ambas as polícias, o que incluiria um canal seguro de comunicação para troca de dados.
O presidente da ABPI disse que a informalidade atinge 40% do Produto Interno Brasileiro (PIB) e envolve mais da metade da população economicamente ativa. "A informalidade está quase sempre associada à pirataria. E, agora, o crime organizado está se aproveitando dessa atividade, porque é rentável. O Brasil precisa agir rápido para combater isso", afirmou Leonardos.
A ABPI realiza até amanhã, em Brasília, o 24º Seminário Nacional de Propriedade Intelectual que debate temas como direito autoral, acesso à recursos da biodiversidade, impacto sócio-econômico da birataria, direito de cópia, entre outros.