Caixa divulga nota exigindo devolução de equipamentos e documentos

13/08/2004 - 18h58

Brasília, 13/08/2004 (Agência Brasil - ABr) - A Caixa Econômica Federal (PF) divulgou hoje nota à imprensa exigindo a imediata devolução dos equipamentos e documentos retirados ontem de sua sede pela Polícia Federal (PF). Na nota, a Caixa diz que a atuação da PF foi em "represália à representação (feita pelo banco) contra procuradores do Ministério Público, que apreenderam ilegalmente documentos de acesso ao prédio, sem mandado judicial, no dia 18 de março deste ano".

A direção da Caixa reafirmou que os policiais federais, em especial o delegado Antônio Cesar Nunes, cometeram excessos no exercício de sua autoridade e comportaram-se de forma desrespeitosa durante a diligência. Na batida, foram apreendidos vários computadores que seriam fontes de investigação do caso GTech, empresa multinacional que controla as máquinas
lotéricas do país.

Sindicância realizada pela Advocacia Geral da União (AGU) determinou abertura de processo por improbidade administrativa contra o ex-assessor da Casa Civil da Presidência Waldomiro Diniz, por tentar beneficiar-se no processo de renovação de contrato entre a empresa e a Caixa Econômica Federal.

Segundo a nota da Caixa, "a operação de ontem constrangeu funcionários e clientes, recolheu documentos e equipamentos que não faziam parte do mandado de busca e apreensão expedido pela 10º Vara da Justiça Federal do DF, atitude que levou a juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa Costa a determinar a imediata restituição do material apreendido ilegalmente".

A nota ressalta que, mesmo diante da determinação judicial, os equipamentos "com informações sigilosas e estratégicas dos negócios da Caixa" ainda estão sob posse do delegado Antônio Cesar Nunes. "A Caixa, indignada, uma vez que sempre forneceu todas as informações e documentos necessários às autoridades constituídas (Ministério Público, Polícia Federal, TCU e Congresso Nacional), colaborando para esclarecer todas dúvidas e agindo de forma totalmente transparente, exige o cumprimento da decisão judicial e a imediata devolução dos computadores e documentos intactos", conclui a nota.