Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A educadora e coordenadora educacional do estado da Bahia, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Adenilza Monteiro, acredita que o documento final elaborado pela 2ª Conferência Nacional por uma Educação do Campo "é um avanço que vem resgatar essa nossa luta, esse nosso fazer pedagógico do cotidiano". Ela lembra que, mesmo no MST, onde há uma proposta pedagógica, existem diferentes práticas entre regiões e estados brasileiros. "Então, essa é a especificidade, a particularidade, a chamada diversidade", assegura. Ela aponta que, no conjunto dos 1.100 participantes da conferência, é que se tem essa diversidade. "O que a gente chama dos vários povos do campo".
Na avaliação de Adenilza Monteiro, o MEC e os "povos do campo" começam a assumir o dever para com o direito social dos cidadãos de estudar. A educadora aponta dificuldades na educação na preparação de profissionais para o campo e o transporte escolar no meio rural. "Existe o Sistema Nacional de Educação que não concebe essa diversidade do campo", afirma. No entanto, assinala, "com essa discussão, estamos contribuindo para um Sistema Nacional diferente, que vai dar conta dessas necessidades reais".