Benedito Mendonça
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério da Educação disse que terá uma agenda para reunir verbas para melhorar a educação no campo. "Pela primeira vez na história do MEC é possível ter uma agenda de coordenação das fontes de financiamento, que estão dispersas nas secretarias, e conduzi-las para uma visão mais sistêmica e organizada", diz o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Ricardo Henriques, após o encerramento da 2ª Conferência Nacional por uma Educação do Campo, realizada em Luziânia (GO).

Henriques afirma que a política para a educação do campo abrange, além de sua secretaria, as divisões de Ensino Superior e de Educação Técnica. A agenda está sendo construída sob a orientação do ministro Tarso Genro. "Não é possível termos as defasagens de série e idade, as distâncias de escolaridade que nós temos hoje entre o mundo do campo e o mundo urbano", assinala o secretário, garantindo que "para isso, é preciso que se tenha uma agenda dirigida específica e diferenciada".

O secretário afirma que as verbas para a educação no campo estão no sistema regular e no Fundo Nacional de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental (Fundef). A transformação do Fundef para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) também prevê financiamento para as escolas rurais. Henriques cita que este semestre possui R$ 3,2 milhões alocados para projetos específicos de qualificação de professores no campo.

Para o secretário, as principais questões do problema pedagógico no campo são: qualificação de professores; fortalecer a segunda fase do ensino fundamental; o ensino médio e tecnológico; o material didático; e mudar a lógica do sistema de transporte como o simples organizador do sistema educacional no campo.