Governo do Rio quer ampliar negócios com a China

06/08/2004 - 13h49

Rio, 6/8/2004 (Agência Brasil - ABr) - O governo fluminense vai aproveitar o fato de o Rio ser o único representante da região Sudeste do país na Expo Brasil China, neste mês, em Beijing, na China, para divulgar as oportunidades de negócios. Dentre as ofertas, há a construção de duas grandes usinas siderúrgicas com capacidade de 7,5 milhões de toneladas anuais de aço cada. Os recursos necessários à construção das 2 unidades alcança U$4 bilhões, revelou hoje à Agência Brasil, nesta capital, o Secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Humberto Motta.

Serão distribuídos 20 mil prospectos em inglês e mandarim, idioma local, divulgando os programas de investimentos do estado, cuja infra-estrutura é considerada a melhor plataforma logística brasileira. Dez grandes empresas localizadas no Rio enviarão representantes à feira, dentre as quais a Companhia Siderúrgica Nacional, Petrobrás, Infraero, Nuclep e Companhia Vale do Rio Doce. A delegação fluminense embarca no próximo dia 25 para Beijing. A Expo Brasil China se realiza de 31 de agosto a 3 de setembro.

Segundo Motta, os setores siderúrgico, metalúrgico, metalmecânico, de construção naval e tecnologia da informação são os de maior atratividade para investimentos estrangeiros, além de petróleo e gás e papel e celulose. Em outubro, durante a visita oficial do presidente da China ao Brasil, o governo fluminense receberá uma comitiva de empresários daquele país, que virão conhecer as oportunidades de associações e parcerias.

Em Xangai, cidade mais populosa da China, com cerca de 18 milhões de habitantes, a delegação fluminense manterá encontro com empresários de vários setores econômicos. O estande do Rio na feira será dividido com o Sebrae/RJ e a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codin). Fazem parte da delegação à feira o diretor superintendente do Sebrae, Paulo Maurício Castelo Branco, e o presidente da Codin, Maurício Chacur.

O Brasil ainda recebe poucos investimentos diretos da China. Em 2003, foi registrado o ingresso no país de apenas US$ 17,3 milhões, contra U$16,7 em 2002, mas a expectativa de Motta é de que esses recursos sejam alavancados no país a partir do Rio. A consolidação de investimentos da Petrobras, somada a recursos privados em setores como indústria naval, têxtil, petroquímica e a cadeia produtiva de plásticos, prevê para os próximos três anos a injeção de investimentos no estado da ordem de US$ 49 bilhões, dos quais US$ 28,2 bilhões são da Petrobrás.