Leonardo Stavale
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Desde o início de 2001, até meados deste ano, o número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas nas escolas municipais de Timon, no Maranhão, passou de 4 mil para mais de 8 mil. No Ensino Fundamental, o atendimento saltou de 18 mil para 23 mil alunos. Na área de saúde, Timon oferece o Programa Saúde da Família, que presta atendimento básico a 100% das famílias, com 536 profissionais divididos em 46 equipes.

Os resultados são expressivos para uma cidade pobre - um território de 1.750 quilômetros quadrados e cerca de 140 mil habitantes. Timon fica a 400 quilômetros da capital, São Luís, e registra índices negativos: 21,8% da população é subnutrida, a taxa de mortalidade infantil é de 44,2%, apenas 50% das casas contam com distribuição de água, sistema de esgoto e coleta de lixo adequados.

A solução, por causa da baixa arrecadação, foi firmar parcerias com os governos federal e estadual e com a iniciativa privada, além de organizações não-governamentais. Só na área de educação infantil são 26 entidades participantes, entre igrejas, 'clube de mães' e associações de moradores.

Um dos projetos em destaque é o Beija-Flor, que funciona nos moldes de um conservatório musical e tem como foco combater a repetência e a evasão escolar. São fornecidas gratuitamente a mais de 1,5 mil crianças e adolescentes aulas de balé, música e teatro. Só pode participar quem está matriculado e com notas dentro da média.

Outro projeto bem sucedido é o Leite Vida, também reconhecido com o Prêmio Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil. O programa atende famílias pobres do município e distribui a cada uma delas um bode e três cabras para incentivar a produção de leite e o consumo de carne.