Brasília, 17/7/2004 (Agência Brasil - ABr) - A ministra Nilcéa Freire disse hoje que a I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres tem um papel importante na orientação das ações a serem implementadas pelo governo federal, assim como pelos governos estaduais e municipais. "O nosso governo terá muito a lucrar com os resultados desse encontro, porque ele orientará nossas ações como as ações de governo, a partir da elaboração do Plano Nacional de Políticas das Mulheres", afirmou.

De acordo com a ministra, o plano orientará as políticas para a mulher 'agora e no futuro'. Lembrou que "o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, na abertura dos trabalhos, o compromisso com a implantação daquilo que couber, no imediato e no futuro próximo, que venha a partir dessa conferência". Nilcéa garantiu que o compromisso é estar trabalhando para a implementação dessas políticas.

A ministra disse que é difícil prever no tempo o resgate dos direitos da mulher. "Nós trabalhamos na desmontagem de preconceitos construídos historicamente, mas é a partir da tomada de consciência de que o preconceito existe, da visibilidade de questões da mulher e do padrão de desigualdade que ainda persiste no Brasil, é que vamos conseguir ir diminuindo e eliminando o padrão de desigualdade", disse.

A I Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres está sendo realizada em Brasília desde a última quinta-feira (15). Participam do encontro mais de duas mil mulheres de todos os estados brasileiros. Elas representam os mais diversos segmentos femininos do país. Cerca de 46 % das participantes do encontro são de movimentos negros, mas há também representantes das mulheres indígenas, das lésbicas, das prostitutas, das domésticas, das quebradeiras de coco, das trabalhadoras rurais, entre vários outros segmentos.

As mulheres estão debatendo políticas públicas e meios para adotá-las. Estão discutindo também as diversas formas de discriminação que elas enfrentam, buscando enumerar e detalhar as principais reivindicações.

No final do encontro, que se encerra hoje, será aprovado documento com as principais decisões que serão encaminhadas ao governo, para a implementação das políticas para a mulher.