MST só cresceu porque soube manter autonomia, afirma Stédile

17/07/2004 - 16h10

Olga Bardawill
Repórter da Agência Brasil

Fortaleza - A pressão do MST sobre o governo Lula vai continuar porque é da natureza dos movimentos sociais, declarou nesta sexta-feira em Fortaleza o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem terra – MST – João Pedro Stédile. Ele veio à capital cearense para um debate com alunos de comunicação na Universidade Federal do Ceará.

Antes do encontro com os estudantes – atrasado por causa de forte chuva – Stédile antecipou à Agência Brasil o recado que daria mais tarde: o MST não espera que o governo Lula tenha a força necessária para as grandes mudanças e cabe aos movimentos sociais – como o MST – organizar o povo para a conquista de seus direitos.

"Felizmente, nós somos uma nova geração de movimentos sociais e da esquerda social brasileira que sempre considerou como um valor, e como uma necessidade, a autonomia dos movimentos sociais. Autonomia em relação a tudo: às igrejas, ao estado, aos partidos e aos governos. Ao longo desses vinte anos, o MST não só sobreviveu como também cresceu porque nós soubemos manter essa distância", afirmou.

Leia a seguir os demais trechos da entrevista.